Review: "A Culpa é das Estrelas", de John Green
Editora: Edições Eixo Atlântico
Autor: Norberto Fernández
Edição: 1
Número de páginas: 48
Sobre o autor
John Green nasceu a 24 agosto de 1977, em Indianápolis, EUA. Trata-se de um conhecido vlogger, crítico e escritor americano, que tem a vindo a publicar vários livros, sendo que ganhou bastante visibilidade com o seu grande sucesso, "A Culpa é das Estrelas".
O livro
Como seria a sua vida se descobrisse um cancro? O que faria se não houvesse possibilidade de cura, apenas de prolongar ao máximo os seus dias? Talvez seja esta a reflexão que John Green quer transmitir através da obra...
"A culpa, meu caro Bruto, não é das estrelas, mas de nós mesmos, que consentimos em ser inferiores." de William Shakespeare
Bem, na verdade, esta afirmação não se aplica às personagens deste romance, cujas estrelas (destino) não lhes foram favoráveis...
Hazel Grace é uma rapariga de 16 anos com cancro na tiroide, cujas metástases nos pulmões a obrigam a transportar um cilindro de oxigénio para onde quer que vá! Impulsionada pela mãe, Hazel frequenta um grupo de apoio para jovens com cancro, embora não goste de o fazer. A jovem não encontra qualquer justificação que a mova a fazer novas amizades, tentando reduzir ao máximo o número de pessoas que sofrerão quando morrer.
Mas tudo muda, quando conhece Augustus Waters, que já teve também a sua quota de sofrimento: uma das pernas fora-lhe amputada devido ao osteossarcoma. Bem humorado e amigo dedicado, encontra-se sempre disposto a melhorar o dia dos outros.
Acabam por se apaixonar e tentam viver da melhor maneira os dias que lhes restam juntos, que afinal podem não ser muitos...
Hazel sempre mostrou um grande interesse pelo livro "Uma Aflição Imperiosa", que termina a meio de uma frase, impedindo o leitor de saber o que "acontece" às personagens depois do fim da narração. A jovem enviou já muitas cartas ao autor, Peter Van Houten, que nunca lhe respondeu. Mas Augustus cedeu à namorada o seu Desejo de jovem doente oncológico e foram os dois, acompanhados pela mãe de Hazel, até Amesterdão, onde residia atualmente o autor.
Na verdade, a viagem não correu como esperavam! Peter Van Houten não revelou o final da história das suas personagens, mostrando-se um alcoólico insensível. Mas o pior não foi isso... o inesperado aconteceu e Augustus admite que o cancro voltou ao seu corpo e que o mais provável é levá-lo definitivamente.
"Ele fez o seu sorriso enviesado e disse: - Fiquei iluminado como uma árvore de Natal, Hazel Grace. O contorno do meu peito, a minha anca esquerda o meu fígado, tudo."
A partir do regresso a Indianápolis, onde moravam, Augustus vai morrendo lentamente. . . . . nunca deixando a sua coragem e humor.
Pessoalmente, adorei ser levado pela escrita de John Green, que nos permite "deslizar" velozmente até à última página, não deixando de saborear cada palavra e sentimento do romance.
Apesar da doença, Hazel não se faz de vítima e tenta mostrar-se forte, levando o leitor numa narrativa recheada do seu humor ácido e de ótimas doses de ironia!
"Fiz um resumo alargado do meu milagre a Augustus: diagnosticada com cancro da tiroide de grau IV aos treze anos. (Não lhe contei que o diagnóstico chegou três meses depois da minha menstruação. Tipo: Parabéns! Já és uma mulher. Agora morre.) Disseram-nos que era incurável."
Aconselho a que o leitor não crie demasiadas expectativas, permitindo que as personagens e John Green o surpreendam.
"Muito perto da genealidade... Simplesmente devastador..." Lev Grossman - Time Magazine
Unboxings, updates de leitura e uma data de loucuras aleatórias! Não me digas que tens perdido...
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