Review: "A Seita", de Robert Muchamore
Editora: Porto Editora
Autor: Robert Muchamore
Edição: 4
Número de páginas: 400
Sobre o autor
Robert Muchamore nasceu em 1972, em Londres. Desde que escreveu "O Recruta", em 2003, a sua popularidade e sucesso literário (especialmente entre os mais novos) cresceu. O último livro da CHERUB foi publicado em 2016.
O livro
Olá a todos!! :)
Esta opinião vem com algum atraso, mas compenso a regularidade da rubrica em janeiro. Para além disso, a justificação para o intervalo entre esta resenha e a do livro anterior é nada mais nada menos do que a entrevista com o autor. Já viram? Se ainda não, não percas!
Bem, neste volume, os nossos agentes secretos de CHERUB (se não conheces esta organização supersecreta, lê a resenha de "O Recruta") vão infiltrar-se num ambiente que extravasa o âmbito do crime propriamente dito, para se verem num meio manipulativo e enganador.
Procurando relações da seita religiosa "Os Sobreviventes" com um grupo de terroristas ambientalistas, James, Lauren e Dana integram-se numa comuna da seita, visando serem admitidos na sede da organização para investigarem mais a fundo... Mas conseguirão eles passar nos testes?
O que terá esta seita "lava-cérebros" a esconder para além da farsa que lhe serve de base?
Este volume destacou-se dos outros da coleção, por desenvolver uma vertente ligeiramente mais psicológica. A forma como as mentes dos jovens (e até dos adultos) da seita são formatadas não deixa ninguém indiferente. E até os nossos agentes poderão correr o risco de cair na teia viscosa que eles tecem...
Mas isto pode trazer certos inconvenientes, como o facto de a leitura se tornar mais lenta (e possivelmente menos apelativa num grupo de páginas a meio, para os leitores mais novos). Mesmo que as restantes nos prendam e voem nas nossas mãos.
O autor revela-se bastante criativo, criando detalhes e oportunidades que constroem o ambiente de forma realista e intrigante.
As personagens voltam a cativar, ainda que tomem algumas atitudes menos "bonitas", que facilmente se justificam com a impulsividade e inconsciência das crianças, e que também as tornam mais reais, com qualidades e defeitos.
O estilo torna a agradar, e parece ainda mais refinado e desenvolvido, evolução manifestada até nos momentos mais descontraidamente divertidos. As cenas procuram ser curtas (por motivos óbvios) e reservam-nos muita ação.
E isto tudo conjuga-se numa nova missão, que tem muito para ensinar, e que até pode vir a trazer um novo agente CHERUB, quem sabe...
Boas leituras!! ;)
Unboxings, updates de leitura e uma data de loucuras aleatórias! Não me digas que tens perdido...
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