Review: "Deuses Americanos", de Neil Gaiman
Editora: Editorial Presença
Autor: Neil Gaiman
Edição: (junho 2017)
Número de páginas: 496
Sobre o autor
Neil Gaiman nasceu em Hampshire, em 1960, mas atualmente mora nos EUA. Começou como jornalista, avançando depois para a escrita, consagrando-se especialmente na fantasia e mitologia, assim como em livros infantis.
O livro
Olá a todos!! :)
Após o simpático envio da Editorial Presença, li este livro de Neil Gaiman (autor que já pretendia ler há algum tempo), que é um dos prémios da nossa Maratona Quiz!
Bem, aqui é contada a história de Sombra, um presidiário que conclui a sua pena, ao mesmo tempo que descobre que a esposa com a qual ansiava reencontrar-se acabou de falecer num acidente de automóvel.
Sem a esperada companhia (ou qualquer emprego com o qual pudesse contar), Sombra vê-se obrigado aceitar a oferta de um desconhecido, Quarta Feira, que o envolverá numa confusão de fantasmas e deuses em guerra... Deuses antigos e deuses modernos, em luta pela veneração dos americanos.
Antes de mais, e foi o que mais me marcou ao longo de toda a leitura, tenho de confessar que concordo plenamente com a frase da capa: Uma obra-prima da imaginação. E não tenho quaisquer reservas em afirmar que Neil Gaiman é um dos autores mais criativos e imaginativos que alguma vez li! E não foram poucas as cenas em que parei para pensar "Como raio foi ele lembrar-se disto??".
No entanto, devo confessar que uma ambientação mais "faseada" seria mais aconselhável, essencialmente quando várias mitologias são fundidas na mesma obra e realidade. Daí que aconselhe a que os leitores tenham o mínimo de conhecimento acerca da mitologia nórdica (e egípcia), pois estes saberes serão muito úteis.
Há um pequeno senãozinho neste livro: a meu ver, existiram certas cenas simplesmente desnecessárias. A dada altura, parece que Sombra anda simplesmente a vaguear por vários locais e a interagir com inúmeras personagens sem razão aparente (já que o patrão, Quarta Feira, não lhe dá indicação nenhuma a não ser permanecer naquele local).
Quanto ao estilo do autor, ele chega de mansinho e faz-nos mergulhar num mundo sombrio à volta da nossa realidade. A verdade é que o autor consegue cenas perturbadoramente belas e engraçadas. Mas também reflexivas. Relativamente à escrita, adorei cada palavra usada, e cada sinal de pontuação empregado entre elas.
Os personagens são cativantes à sua maneira, e, acima de tudo, personificam e simbolizam uma parte da mensagem que o autor pretende transmitir. Todavia, a quantidade de personalidades que entram e saem de cena ultrapassam as trinta, o que pode ser um problema para alguns leitores.
Para terminar, gostaria de referir que este livro constitui uma boa leitura, particularmente para aqueles que gostarem do género. Na verdade, acho que nunca li nada da editora que considerasse menos do que uma boa leitura, o que é ótimo! Para além disso, informo quem não sabe que existe uma série na Amazon Prime Video que adaptou esta obra-prima da imaginação ao pequeno ecrã!
Boas leituras!! ;)
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