O livro

Olá a todos!! :)

Então, hoje trago-vos a resenha de mais duas das crónicas de Nárnia, nenhuma delas a fazer parte da história dos 4 irmãos que conhecemos também pelos filmes. Estas duas decorrem, na verdade, em linha cronológica com essa história mais conhecida (cujas resenhas já deixei aqui no blog também!) ;) O primeiro algures entre o primeiro e o segundo dessa "trilogia", e "O Trono de Prata" já após esta aventura.

E a verdade é que as li em momentos distintos. "O Cavalo e o Seu Rapaz" foi lida durante o verão e, visto não ter corrido muito bem, fiquei desmotivado para prosseguir na coleção. Até que, ontem, decidi ler "O Trono de Prata" e terminar com os livros da coleção que tenho em casa. Sim, porque ainda falta um...

Ora bem, vamos à história... "O Cavalo e o Seu Rapaz" fala-nos sobre um rapaz que descobriu que o seu pai adotivo o queria vender como escravo e que acabou a fugir em direção a Nárnia após criar esse sonho com um cavalo falante. "O Trono de Prata" leva duas crianças do nosso mundo a entrarem no universo paralelo onde fica Nárnia para descobrirem o príncipe desaparecido, filho de Caspian... (Sim, o Caspian do filme! XD)

Vou já avisar! Quero expectativas bem geridas ahahah Eu não me vou focar no "O Cavalo e o Seu Rapaz", porque não me lembro de absolutamente nada da história. O que já deve querer dizer muito, não é verdade..? Como vos disse, li no verão (passaram-se uns seis meses entretanto) e a única sensação que consigo recordar é aborrecimento. Portanto, passemos ao próximo!

"O Trono de Prata" foi uma leitura um pouco mais cativante e sonhadora do que a anterior. Contudo, e tal como qualquer outro livro desta coleção, não foi capaz de me prender realmente à leitura. Muito honestamente, sinto que existem barreiras temporais que não ajudam. Só que isso não pode ser só esse o motivo...

Por partes! Criatividade: check! Este é o ponto mais alto do livro. O autor tem uma imaginação fértil e que vai totalmente ao encontro da mente aberta das crianças a quem se dirige. Mesmo um adulto é capaz de rememorar aquela sensação de aventura e novidade sem fim dos dias em que não víamos nuvens a barrarem-nos a vista do sol. E temos até lugares irreais mas incrivelmente bonitos e que nos levam a sonhar.

O problema aqui está em tudo o resto... A começar pela escrita e pela narração. Percebo a distância temporal, mas realmente não há uma única frase das personagens que soe natural. Nem uma! E o pior é que mesmo as atitudes são demasiado planas e previsíveis. Não há fator surpresa da parte delas.

E isto acontece porque as coisas simplesmente "acontecem" às personagens e não o contrário. Não são elas que o fazem acontecer. Para além disso, à parte de um ou outro traço fantasioso, nenhuma delas se distingue realmente das restantes. (Daí que não espere lembrar-me delas, tal como aconteceu com "O Cavalo e o Seu Rapaz".

Ah, e ainda existe espaço para umas ideias ainda um bocadinho fechadas e quase preconceituosas, apesar de subliminares. Novamente, da época. Mas não consigo ler aos olhos de outra que não a minha. E nota-se alguma ideologia católica, especialmente no que toca à figura de Aslan, aproximado amo um Cristo.

Seja como for, com alguma ajuda, os mais novos podem ler estas histórias, que os podem fazer sonhar com aqueles lugares novos e seres e aventuras mágicas. O resto já não posso prometer :P

Boas leituras!! ;)