O livro

Olá a todos!! :)

Sim, eu sei... Este livro não tem nada que ver com os géneros habituais. Contudo, como já vos disse numa das nossas Caixinhas do Correio, este menino me foi oferecido como prenda de aniversário. E o objetivo de me fazer escapar ao hábito foi cumprido. Bom trabalho, Catarina! :)

Sabiam que 19 milhões de pessoas fazem anos todos os dias? E que 11% da população mundial é canhota? Ou mesmo que 64% dos utilizadores de Netflix que são donos de gatos preferem séries de ficção científica? Aposto que não faziam ideia!

Pois, como devem calcular, eu também não... Até ler este livro! Um conjunto de peças de página e meia que nos fazem pensar sobre factos de Portugal e do mundo com a leveza e diversão de uma simples curiosidade...

Confesso que fiquei surpreendido! E por duas vezes! A primeira foi quando, depois de ler a sinopse, percebi que não tinha nada que ver com o que a capa sugere (uma certa relação entre os números e a psicologia). Já a segunda ocorreu depois de entender que se tratava de um livro de conhecimento puro (altura em que devo confessar que torci o nariz). A surpresa foi a de que me deixei levar pelo tom descontraído do autor, apreendendo com o maior do prazer (e, claro, muito espanto).

Pelo menos, depois de ultrapassar o prefácio... Sim, porque o convidado para o efeito tinha uma escrita que se lia bem puxada a ferro... Depois, as coisas começam a correr melhor. Não é que o autor detenha um estilo particular ou especialmente bonito, mas é prático e flui francamente bem!

E é isso que acaba por nos prender naquilo que acaba por ser mais um livro de curiosidades estatísticas sobre o mundo. E a receita inclui também um conjunto de factos interessantes e até mesmo inesperados, bem como uma pitada de experiência pessoal que confere de imediato um aroma característico a trocadilhos e situações comuns da língua portuguesa.

Esta é uma leitura para fazer de uma só vez, tranquilamente, sem notar as páginas a voarem pelas mãos. Ou isso, ou então umas simples e rápidas páginas por dia para ir alimentando a fome da cultura numérica e aprender um pouco mais acerca do mundo e de Portugal.

Uma crítica que tenho a fazer é o facto de alguns trechos se prenderem tanto aos números que quase parecem uma leitura escrita de gráficos. Por outro lado, alguns quase fogem à temática e acabam por conseguir a leveza que escapam aos primeiros.

Frequentemente, surgem críticas interessantes e bem apontadas, em situações que nos arrancam risadas no interior do pensamento. Sabem, é que, por vezes, parece que estamos a ouvir uma vozinha com energia de... bem, de locutor de rádio!

Boas leituras!! ;)