Bem, a ação divide-se sempre em presente, passado e futuro, em todos os episódios, com uma alternância bem conseguida (à exceção dos primeiros episódios, cujos flashbaks se tornaram repetitivos). Existem dois acontecimentos de referência: a morte de uma rapariga universitária, e a morte do marido da grande advogada, Annalise Keating.

Até meio da série, o presente vai avançando do primeiro para o segundo assassinato. Quando este último está já esclarecido, a ação continua até que a verdade sobre o assassinato da jovem seja revelada.

Quanto à criatividade, não há muito a dizer... Tirando um ou outro cliché, a série vem dar uma frescura diferente às séries que conheço, mesmo que num tom sempre meio sombrio (e, felizmente, bem mantido). Os pequenos casos que nos são sendo apresentados em cada episódio (e não em todos) não são nada de extraordinário, mas apenas servem para que possamos conhecer melhor as personagens...

As personagens! Bem, nem todas são muito bem construídas, mas a grande maioria consegue, efetivamente, cativar-nos. E são bem diferentes umas das outras, o que torna a dinâmica entre o grupo bem real e diversificada. E elas conseguem surpreender-nos! As prestações dos atores não deixam a desejar...

Quanto à nossa Annalise... Ela foi capaz de plantar e deixar crescer em mim sentimentos bem contraditórios, com os quais é difícil debater-me. Por um lado, admiro toda a sua força e determinação, a garra e a capacidade de se mostrar dura mesmo quando tudo dentro dela está a desabar. Por outro, a frieza e alguma maldade deixam-me revoltado por acabar a torcer por ela até ao fim...